lunes, 7 de abril de 2014

Brasil: trabajadores de Oficina de marcas y patentes reclaman por edificio en pésimas condiciones


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Los trabajadores y técnicos del Instituto Nacional de la Propiedad Industrial de Brasil (I.N.P.I.) nucleados en AFINPI enviarón una carta abierta al nuevo presidente de la institución, Otavio Brandelli, para efectuar reclamos relacionados con las deplorables condiciones en que se encuentra el edificio principal de la oficina de marcas y patentes, ubicado en la Plaza Mauá, en Río de Janeiro.

El edificio "A Noite" data de los años 70 (primer rascacielos de América latina) y debido a la falta efectiva de mantenimiento y obras de emergencia se ha deteriorado produciéndose dos incendios (23/06/2004 y 04/02/2011), culminando recientemente con los accidentes del 30 de diciembre de 2013 (caída de tela de protección junto con una placa de mármol cayendose sobre la calzada frente a la fachada principal) y el 27 de enero de 2014 (caída de pedazo metálico y reboque impactando sobre un transeunte del Liceo)

La administración anterior (del ex presidente Jorge Ävila) justificó el alquiler de dos edificios (totalizando 35 millones de Reales por año, unos 20 millones de dólares), para la transferencia de los servidores públicos y de sus actividades con una supuesta finalidad de reformar el edificio "A Noite", aunque esto todavía no ha sucedido.

La carta le recuerda al Brandelli que la propia historia del INPI está sólidamente vinculada a este edificio y que sobre esta base se podrán asentar las fundaciones  de un INPI moderno, cumplidor de su función social, económica, jurídica y técnica para el desarrollo del país.

Los trabajadores del INPI se encuentran en plan de lucha salarial y por condiciones de trabajo desde hace meses.



Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2014
C/AFINPI  Nº 08/14


CARTA ABERTA AO SR. OTAVIO BRANDELLI
Presidente do INPI


Prezado Senhor,

Desde o ano de 2004, os servidores do INPI, através da AFINPI, vêm requerendo à Administração do INPI medidas concretas para manutenção e reforma do edifício A Noite - sede do Instituto desde o ano de 1970, medidas estas que não foram contempladas até o presente momento. 
As condições físicas atuais do edifício A Noite contrastam com o marco nacional de engenharia e arquitetura que o imóvel representa e com a política de reestruturação institucional em curso no INPI. Devido à falta de uma efetiva manutenção e de obras emergenciais, o estado do prédio vem se deteriorando e apresentando repetidos incidentes, tais como os incêndios ocorridos em suas dependências em 23/06/2004 e 04/02/2011, culminando, mais recentemente, com os acidentes de 30 de dezembro de 2013 (queda da tela de proteção junto com placa de mármore caindo sobre calçada em frente à fachada principal) e 27 de janeiro de 2014 (queda da treliça metálica com pedaço de reboco atingindo transeunte na travessa do Liceu).
A administração anterior justificou o aluguel de dois prédios (totalizando mais de R$ 35 milhões/ano) para transferência dos servidores e de suas atividades com a suposta finalidade de reformar o edifício A Noite. Entretanto, a medida mais concreta foi um malogrado Edital de Licitação, elaborado no ano de 2012, para contratação de empresa para fins de elaboração de projeto básico. Fato agravante, a administração anterior, sem realizar qualquer medida urgente e necessária para reverter os anos de abandono, publicou resolução nº 115 de 25 de outubro de 2013, prevendo a desocupação do prédio e tentando impedir o acesso desta Associação à sua histórica sede ocupada desde a sua fundação em 1984. 
Assistimos com bom augúrio, Sr. Presidente, a sua recente manifestação de lamentar o estado em que se encontra o edifício A Noite e que envidaria todos os esforços para levar adiante uma reforma que permitisse ao INPI voltar a ter uma sede única, de modo a evitar, em futuro próximo, continuar com os absurdos gastos com aluguel e condomínio que ora drenam os recursos do órgão. 
Segundo dados do próprio INPI, disponíveis no Caderno de Encargos da Reforma do Edifício A Noite – Anexo II, a área utilizada pelo Instituto neste prédio totaliza 19.177,40m². Por outro lado, a área locável dos prédios São Bento nº 1 e Mayrink Veiga nº 9 somam 22.501,74m², segundo sítio www.buildings.com.br. Apesar da diferença de aproximadamente 3.300m², sabe-se que parte dos andares ocupados no MV9 não está sendo totalmente utilizada e, no SB1, ainda há vários postos de trabalho ociosos. Desta feita, consideramos razoável que, após a reforma do edifício A Noite, “dentro dos padrões atuais em termos de espaço corporativo, o imóvel possui área útil com potencial de acomodação de ambientes e instalações modernas de menor custo operacional e de manutenção, em consonância com o exercício das atividades desenvolvidas pela Instituição” (Fonte: Projeto Básico da Reforma do Edifício A Noite – Anexo I).
Gostaríamos de registrar também, Sr. Presidente, que qualquer tentativa de valorização das Carreiras do INPI, como as que o senhor mesmo vem preconizando (equiparação à estrutura remuneratória das carreiras de elite do serviço público – como a do Banco Central – e reconhecimento de nossas atividades como típicas de estado), passa necessariamente pelo adequado e consequente uso do dinheiro público, que por ora resta prejudicado face aos gastos com aluguéis e condomínios. Principalmente pelo fato de que a aplicação do artigo 239 da Lei da Propriedade Industrial, que assegura ao INPI “autonomia financeira e administrativa...(para)...fixar tabela de salários para seus funcionários...”, perde força de argumentação política para sua implantação, já que parte significativa da arrecadação do órgão já é consumida por estes contratos de locação. 
Sr. Presidente, a AFINPI, mantendo nosso compromisso histórico de lutar pelos anseios dos servidores do INPI, reitera que a reforma do edifício A Noite deve ser considerada como intervenção inadiável de sua administração, pois a própria história do INPI está solidamente vinculada a este edifício e, sobre esta base poderemos assentar as fundações de um INPI moderno, cumpridor de sua função social, econômica, jurídica e técnica para o desenvolvimento do País.
Por último, Sr. Presidente, aproveitamos para lembrar que a reforma do edifício A Noite sempre fez parte do conjunto de pleitos que esta Associação sempre abraçou e, assim, fazemos coro com as palavras do próprio Caderno de Encargos da Reforma do Edifício A Noite – Anexo II, redigido no ano de 2012: “os 70 anos de história desse edifício singular mostram a importância de sua preservação...o prédio não merece a triste sina de decadência que lhe parece reservada”. 

Atenciosamente,